Restart corresponde ao carinho dos fãs

 Apesar do atraso e de polêmica com uma das bandas de abertura, show do fenômeno pop juvenil atendeu às expectativas

 

O melhor da Restart é seu público. A banda, que se assume como autora de um estilo happy rock, tocou na noite do último sábado no Chevrolet Hall, em Olinda. Em sua maioria formada por crianças e adolescentes, a plateia lotou a casa de shows num clima de euforia que só os corações juvenis são capazes de expressar. Não havia sentimentos contidos na parte de cá. Meninas desesperadas gritando o nome de seus ídolos do momento, outras desmaiando e sendo socorridas. Cenas que são difíceis de presenciar entre o público adulto.
Os berros histéricos e estridentes da meninada eram capazes de encobrir a voz esganiçada do vocalista Pe Lanza e de seu companheiro de palco Pe Lu. Praticamente todas as músicas foram cantadas em coro.
Antes da Restart, porém, subiram ao palco duas bandas de abertura, Tribo Cordel e A Caravana do Delírio. Esta última protagonizou uma cena que foi reprovada pelo público. No fim do show, o vocalista da banda recomendou a masturbação para o público. A resposta da plateia veio numa sonora vaia e com objetos jogados ao palco. O Chevrolet Hall, produtor do evento, disse que a responsabilidade é do conjunto e que foi a produtora sócia Sunset quem escalou os grupos para abrir a noite. O vocalista de A Caravana, Mateus Torreão, alega que não errou, pois o show de sua banda aconteceu do jeito de sempre.
Alheia a tudo isso a Restart não decepcionou o público. Os músicos mostraram reverência aos fãs pernambucanos e retribuíram o carinho com frases de efeito, coreografias ensaiadas, muitos pulos e presentinhos jogados do palco, que iam de palhetas de guitarra, toalhas, garrafinhas de água e até o característico óculos Ray Ban colorido do vocalista. Tudo disputado a tapa pelos seguidores juvenis. Os fãs também jogavam suas lembrancinhas, como ursinhos de pelúcia, cartinhas e até uma bandeira de Pernambuco.